domingo, 31 de julho de 2011

Nova cara ao Casarão

Texto: Hugo Araújo Prado



Àqueles que não estão acompanhando a programação do Gramophone, em Sete Lagoas, minhas mais sinceras condolências. Longe de ser somente um festival de bandas independentes, o Gramophone 2011 tem promovido uma movimentação cultural que há muito não se tem notícias no contexto Setelagoano. Aqueles que estão acompanhando o festival sabem do que estou falando.

Quem chegou ao Casarão nesta tarde de sábado (30) deu de frente com o trabalho de grafitagem feito pelo pessoal do In Graffiti, logo detrás do palco destinado aos shows. Não havia como não notar que a conhecida arena do Casarão tinha ganhado uma nova faceta, muito mais acolhedora a quem chegava. Se você andasse um pouco mais pelo ambiente se depararia com uma “teia de poesias”, produto do trabalho do “Fora do eixo letras”. Qualquer um que chegasse poderia ler poesias oriundas de artistas de todo Brasil e, gostando, poderia levar para casa. Ou seja, grifitagem, poesia e musica integrando o mesmo ambiente. O resultado pode ser conferido por todos que passarem por lá hoje (domingo).

Contudo, quero voltar o meu olhar pros eventos que antecederam aos shows que estavam marcados para começar às 17 horas de sábado. Pois então, fui um dos primeiros a chegar ao Casarão, 9 horas da manhã. Então vi o pessoal da organização chegando pouco a pouco e depois o pessoal que ia fazer a grafitagem. Foi quando dirigi meu olhar a um muro branco e percebi nele a frase: “começa aqui”. A partir desse momento, tomei consciência de que a cultura já estava em movimento: o mutirão de graffiti, oficina de cultura Hip Hop, debate sobre o novo mercado da música e exposição de obras de arte e poesias, ocorrendo simultaneamente. Há muito tempo não ocorre em Sete Lagoas uma movimentação que tenha trazido tantos bons frutos.

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