Cobertura

Todo o festival será coberto com texto, foto e vídeo produzido pelos alunos da oficina de Midialivrismo e colaboradores do festival. Se quiser participar é só mandar um e-mail para veronicaboaventura@gmail.com

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Projetos culturais na pauta do Gramophone

Texto: Hugo Prado
Foto: Bárbara Ramos 
Nesta quinta-feira (28) a programação do Gramophone contou com a oficina de Elaboração de Projetos Culturais, ministrada por Roberta Henriques Brito. Num breve bate-papo com a ministrante, perguntamos sobre a visão que ela possui acerca da proposta dos coletivos. Sobre isso, ela entende que os coletivos partem da ideia de que todos produzem conhecimento e fazem parte dele. O que ocorre é a relação de troca de conhecimento. Os coletivos, nesse sentido, representam uma ruptura da forma tradicional da relação de trabalho e da forma tradicional de se lidar com o conhecimento.


Em relação à elaboração de projetos culturais, questionamos sobre quais seriam as maiores dificuldades. Roberta pontua a existência de dois grandes entraves a produção e aprovação dos projetos. Primeiro, a questão da capacitação dos agentes para sistematizar ideias, ou seja, a dificuldade das pessoas que trabalham com cultura formatar seus próprios projetos. O segundo entrave é a necessidade de um contato mais qualificado com o setor privado para que os agentes possam vender seus projetos e torná-los executáveis.

Durante o debate dos participantes da oficina, a questão de Sete Lagoas foi discutida. Em relação à cultura existe uma lei municipal que nunca foi regulamentada e nunca surtiu efeito, muito embora, se saiba que uma comissão atualmente está avaliando a questão. Sete Lagoas tem muito a oferecer em termos de cultura, e aqueles que estão envolvidos com a cultura aqui atualmente têm que comprar uma briga política para conseguir um incentivo que é mais do que justo.


Oficina de Midialivrismo

Texto: Bárbara Ramos e Leandro Goulart.
Foto: Leandro Goulart

A Oficina de Midialivrismo, ministrada por Verônica Boaventura e Flávio Charchar, é mais um “filhotinho” do Festival Gramophone, que está acontecendo no Casarão Nho Quim Drumond, localizado na Praça Alexandre na cidade de Sete Lagoas/MG.

Mas, o que é ‘midialivrismo’? É a prática do conteúdo midiático trabalhado numa realidade próxima daquele que o produz, como por exemplo, um jornal de bairro que expõe problemas e soluções locais, ou um vídeo no youtube que mostra o trabalho de um grupo de dança. Não existem ‘amarras’ e produções engessadas ou padronizadas, o indivíduo produz seu conteúdo através das ferramentas disponíveis e dissemina seu olhar, sua realidade. Uma das principais ferramentas de disseminação desses conteúdos é a Internet; que consequentemente, acaba por promover a democratização da cultura e informação, permitindo a divulgação desse material independente.


O midialivrismo visto à partir de uma visão socio-cultural, torna-se um promovedor de valores socio-educativos e humanos, já que permite o indivíduo expor sua realidade para o mundo. Valorizando a diversidade cultural e fomentando a sensibilização quanto essas diferentes realidades.

Outro fator extremamente interessante dentro do midialivrismo, é a possibilidade de exercício da comunicação colaborativa e da divisão do trabalho coletivo, como vemos presente na oficina oferecida pelo Festival Gramophone 2011. Ao terminarmos as discussões sobre ‘midialivrismo’ e outros assuntos de cunho coletivo e social, um único grupo foi dividido em vários pequenos grupos de trabalho possibilitando uma maior cobertura do evento e uma diversidade de olhares.

Confiram os conteúdos que vão ser postados aqui no blog durante o festival.